O aniversário de 9 anos do sarau da Cooperifa foi simplesmente uma noite cheia de magia, e um dos mais belos momentos que tivemos, neste nove anos de atividades poéticas na periferia de São Paulo. Ah, se existisse um Alegrômetro…
Centenas, centenas e centenas de pessoas de todas as cores, dores e lugares se espremeram no bar do Zé Batidão para ouvir e falar poesia, falando nisto, só de poeta tinha mais de setenta, e olha que ficou gente sem falar. Foi uma das poucas vezes que tivemos de estourar o horário, mas valeu a pena.
Sabe o que me ocorreu vendo toda aquela multidão dentro e fora do bar? “Como é que pode um Sarau de Poesia, no extremo sul de São Paulo, numa quarta-feira, reunir mais de 400 pessoas em torno da literatura, ué, não dizem que o povo não gosta ler? Eu explico: é o milagre da poesia.
Não vou citar nome de ninguém (veja as fotos) para não cometer o erro de esquecer algum nome, mas acho que quase todo(a)s as nosso(a)s amigos estavam lá para curtir com a gente este dia triunfal da poesia e da resistência cultural. “Queria ter dois corações. Um para amar, o outro também.”
Bom, e como a gente gosta de praticar aquilo que fala, e não temos o rabo preso com ninguém, e não ficamos pagando de pseudo-revolucionário, no meio do sarau fizemos um ato pró-Dilma, o bagulho foi louco, todo mundo decidiu que no dia 31 vai inverter o número, e votar 13.
Sabemos que neste momento crítico de eleições é muito mais fácil se esconder, ou fingir que a briga não é com a gente, mas ficar neutro nunca foi a nossa cara. Não está apenas em jogo as eleições, e sim o futuro do país. Neutralidade é omissão. É por isso que temos amigos, e inimigos também. Temos todos os defeitos do mundo, menos a covardia.
Queria só avisar as centenas de pessoas e os quase 70 poetas que estiveram presente no aniversário de 9 anos da Cooperifa: “esta noite nunca existiu, foi um sonho que a gente teve.”
É só progresso.
Não posso fazer nada,
Sérgio Vaz
Vira-lata da literatura, 9 anos mais velho
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