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A Família  

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Formado no ano de 2000, por Demis Preto Realista, Crônica, Gato Preto e Dj Bira, “A Família” lançou em 2008 o álbum “Mais Romântico”. O cd tem dezesseis faixas e participações de Edi Rock – Racionais MC’s, GOG, Júnior – Sampa Crew e de outras vertentes da música como o Rock, o POP, o Reggae e o Sertanejo. Esse é o segundo trabalho do grupo, que em 2004 lançou o álbum “Cantando com a Alma”. O cd emplacou músicas como Brinquedo Assassino, Na rua só até as 10, e o clássico Castelo de Madeira -ganhador do prêmio de Melhor Música no ano de 2005 no maior festival de Hip Hop da América Latina, o Festival Hutúz. Conheça um pouco mais sobre: Demis Preto Realista, Crônica, Gato Preto e Dj Bira, nesta entrevista exclusiva que o Portal Rap Nacional fez com o grupo A Família.

O que mudou no “A Família” desde o “Cantando com a Alma” até o lançamento de “Mais Romântico”?
Demis Preto Realista – Pô depois que lançamos o “Cantando com a Alma”, vieram o shows né!? Visitamos escolas onde toda vez as crianças, os adolescentes me deram muito apoio, muita energia positiva. “Castelo de Madeira” sendo cantado por senhoras, senhores, crianças e jovens. Lindo demais cara. Ai vieram as mudanças naturais da caminhada. Passamos a trabalhar melhor as idéias, principalmente as idéias musicais, melhoramos nossa apresentação….
O Willians Costa, o Deivide, o Valdeir, a Nina, o Jânio Fernandes, toda a equipe de produção artística vem fazendo um grande trabalho, e com certeza tudo isso fez melhorar também o conhecimento. Conheci pessoas importantes e simples em diversos lugares do Brasil. Pessoas maravilhosas. Fiz uma família muito unida graças à Deus. Isso trouxe auto-estima, fortaleceu as idéias e os objetivos. A música permite isso quando é feita com o coração e transmitida com sentimento. Transforma e nos dá novas possibilidades, novos horizontes….

Esse novo álbum fala bastante de amor, de coração, até mesmo o título é “Mais Romântico”. Vocês acham que chegou a hora do rap transmitir mais amor do que ódio?
Crônica - Durante muito tempo nós descarregamos nas letras todas as nossas neuroses, nossas tretas, revoltas e tudo que nos incomodava… Hoje já conseguimos enxergar que além desses problemas o rap também tem seu amor o seu afeto. Ainda descarregamos nossa neurose, mas hoje já colocamos o amor em pauta também. O Rap não pode ser encarado apenas como veículo de protestos. Somos música e como tal também temos nossos bons sentimentos pra cantar. O Rap foi mal interpretado e usado de forma errado por muita gente. É importante sim, falar sobre respeito, amor e ações, mas não de forma banal, sem nexo, à toa… O Rap tem que ser livre, tem que manter seu compromisso, mas não se tornar uma caixa fechada, excluída, que só serve pra estatísticas negativas e marginalizadas. É preciso antes de mais nada saber do que você está falando. Não dá pra falar de amor ou ódio simplesmente por falar. O Rap está crescendo e quem acha o contrário é por que está dentro dessa caixa fechada longe dos progressos.

Foi difícil trabalhar com tantas pessoas na produção do álbum?
Dj Bira - Na verdade facilitou bastante. Teve grandes profissionais envolvidos nesse trabalho. O Cleyver Rossi por exemplo, é um cara que trabalhou com musica sertaneja mas tem toda uma bagagem de música black. Me ajudou muito na questão de volumes, tons…Não basta você riscar simplesmente no tempo da batida, é bem mais que isso.

Onde foi gravado o “Mais Romântico” e como foi o processo de criação desse trabalho?
Demis Preto Realista- O trabalho foi gravado em Limeira (SP). A criação ficou por conta dos momentos difíceis, momentos de alegria, momentos de turbulências pessoais, conquistas, amizades e principalmente pelas estradas românticas do Brasil. Se você viajar daqui em Formosa (GO), vai entender o que estou dizendo, ou daqui em Fortaleza e chegar naquela terra maravilhosa e ver o quanto o homem foi infeliz em seus negócios milionários no objetivo de escravizar e lucrar sozinho o capital gerado pela riqueza do Nordeste brasileiro. E mesmo assim você encontra pessoas simples de coração puro. Ou simplesmente passar 4 horas parado na marginal Tietê em São Paulo, alagado e impossibilitado de se locomover rsrs. É bem nessas horas que fico sensível à música. Aí eu ouço tipo “Nego Drama”, e parece que o mundo se modifica ao meu redor…
Dj Bira, na primeira faixa do álbum “Mais Romântico”, a música “A vida do Povo”, você fez colagens com a voz de Milton Nascimento e Chico Buarque, e na faixa 9 você faz com a voz de Ndee Naldinho, qual a diferença?
Dj Bira- A batida da música é forte, a levada do Demis e do Crônica já vem da MPB. Ouve a música “Cale-se” pra você ver, é mô viagem. Eu gosto. E a da ALCA, que usei o Naldinho, já é bem mais simples, mas fiquei muito feliz também em colar Naldinho no sampler de Roberto Carlos. A diferença é que a musica pede ousadia, foi o que fiz, deu certo.


Na letra de “Filho Ingrato” vocês relatam a história de um pai que é abandonado pelo filho. Vocês acham que nessa loucura do mundo moderno, muitos têm esquecido da importância da família?
Gato Preto – Hoje em dia as pessoas estão muito agitadas. A vida está muito corrida, estresse em alta, a corrida contra o tempo, o transtorno cotidiano. Isso fez com que as pessoas pensem em si mesmas, gerando assim um desrespeito, um desconforto. Os valores estão todos invertidos, as atenções estão invertidas, as pessoas se importam mais com o carro, com o celular, com status e se esquecem do valor familiar. E como o GOG anunciou há alguns anos, a tática que estão usando contra a população é: ”Destrua o povo começando pela família”. Esta letra, na verdade, eu fiz depois que “A Família” visitou uma casa de repouso para idosos e a gente conheceu um senhor muito descontraído, malandrão….. E foi ele que nos apresentou a casa de repouso, seus amigos, toda a casa, e num certo momento a gente parou pra trocar uma idéia e foi aí que ele contou a história de vida dele. Esta história resultou na música. E hoje, esta historia se repete em várias casas de repouso. Infelizmente, ainda é assim. Você cria um filho, educa e quando chega a hora dele retribuir tudo aquilo que você fez com ele, quando você se encontra debilitado de sua saúde, alguns filhos te abandonam… sem sequer te visitar.

Como vocês avaliam a questão do crime organizado no Brasil hoje? O país passa por uma “guerra civil não declarada”?
Crônica – O crime organizado…Isso afronta as autoridades né?! A palavra “organizado”… é isso que estamos fazendo nos dias de hoje. Estamos nos organizando melhor pra lutar por aquilo que queremos e que vamos buscar. Nos organizamos na música, nas comunidades, nas escolas, nas ruas, estamos nos organizando em vários fatores, e às vezes isso é rotulado como crime, e nós somos taxados de criminosos. Mas ninguém fala do sensacionalismo ainda atuante na nossa imprensa, ninguém fala dos desleixos das autoridades para com a educação. A partir do momento que você deixa de investir na educação, automaticamente você está empurando alguém para o lado errado da história. É sempre bom lembrar que o crime civil não é o rap, não sou eu, esse crime que as autoridades perseguem é por falta de atenção lá no passado, é fruto de todo o descaso sofrido anos antes. Um tapa na cara gera revolta, a falta de emprego gera revolta, a falta de moradia digna, falta de planejamento familiar e tal. Ae você se organiza e decide não aturar mais aquilo, ae o que acontece? Você é tido como criminoso, anti-social. As autoridades cometem bem mais crimes contra a sociedade do que o contrário, certo?! Mesmo com toda essa nossa revolta, essa neurose, nós somos dignos, buscamos melhorar dia após dia. São as autoridades, de modo geral, quem estão cometendo crimes contra toda nossa sociedade, o que vem depois é conseqüência.

O que é preciso ser feito, e por quem, para diminuir a violência e aumentar a educação?
Demis Preto Realista- Acredito que é necessário parar de violentar primeiro, para não ser violentado. O que os órgãos chamados competentes fazem na verdade é vista grossa pra tudo que oprime e maltrata o povo brasileiro em sua origem, sempre pisaram… A elite finge que não vê, mas proporciona a violência através da cultura imposta nos meios de comunicação de massa, nas demandas do Estado, nas leis municipais. Enfim, muita coisa envolve violência e acredito que quem está proporcionando melhoras são as próprias comunidades organizadas, levando até os jovens um modelo de cidadania, de uma disciplina dos próprios centros urbanos, os guetos, através de palestras, shows, reuniões, debates e uma pá de outras atividades educacionais que vem nesses últimos anos fortificando a auto-estima de muitos jovens. Esses trabalhos são, na maioria das vezes, elaborados por personalidades atuantes que se reúnem para melhorar a comunicação da juventude, fazendo intercâmbio cultural com outros países, brigando junto por direitos e valores do trabalhador, direitos da mulher, do adolescente. E não acredito muito em mudanças positivas vinda de pessoas que não atuam no dia-a-dia das comunidades, é difícil melhorar um mundo que você não conhece direito entende?! Para melhorar a educação não tem muito segredo! Investimento, auto-investimento. Tem países de primeiro mundo brigando e dizendo em bancadas do G8 que o Brasil não tem condições culturais para cuidar da Amazônia, se ta entendendo?! rsrs… E mesmo assim, o governo, os militares e tantos outros, não estimulam a criação de novos métodos para que possamos nós mesmos, donos de nossa riqueza maior, cultivar nessas novas gerações o hábito de cuidar melhor do que é nosso. É preciso sensibilidade e ter punhos firmes para melhorar tudo isso. E acredito muito na contribuição do Hip Hop na educação de muitos jovens por todo o mundo, isso já é um fato pela África, pela América Latina, no Oriente Médio, é isso ai!

“A arte de vencer está dentro de você, que nasceu em meio à guerra e não deixou se envolver, não se empolgou com o sonho da vida fácil…” (trecho de Faça por amor). Muitos jovens por esse Brasil, vêem no rap uma forma de sobreviver sem se render à vida do crime. Mas, o caminho do rap também não é fácil e o sucesso vem pra poucos. Qual o conselho que vocês dão para esses jovens?
Crônica - O caminho mais fácil é sempre o mais curto, não tem garantia de reconhecimento, é tudo ilusório e momentâneo. Quando eu digo “A arte de vencer está dentro de você” eu quero dizer que todos somos capazes de alcançar nossos objetivos, mas não sem lutar. Às vezes as dificuldades vêm como um fortalecimento, seja de uma caminhada, de um progresso, entende?! Eu digo para essa molecada nova, não se empolguem com a vida dos outros, não se iludam com a vida dos outros, vocês são capazes de vencer com suas próprias mãos, seu próprio talento. Não sejam cópias de ninguém.

Porque vocês acham que ALCA – Área de Livre Comércio das Américas – “será reduto de famintos e pessoas histéricas” (trecho de ALCAminhopradestruição)?
Demis Preto Realista- A elite mundial dos interesses Norte Americanos necessita também da América Latina para seus grandes negócios (Golpes rsrs), serem difundidos no objetivo de importar, exportar e fazer de nós escravos de suas ações capitalistas. Se nós nos rendermos à esse mal, seremos exterminados aos poucos, torturados psicologicamente por propagandas enganosas e discursos desonestos e fascistas, que é o perfil do capital sem alma e coração.
A musica ALCA fala muito mais que isso! Expõe as dificuldades das pessoas que vem de fora tentar ganhar a vida em São Paulo, das famílias que lutam pra sobreviver em meio à violência causada pelas desigualdades sociais, pela falta de oportunidade e outras fitas mil grau que a gente vive no dia-a-dia. A canção expressa também na voz de Subcomandante Marcos a historicidade dos Maias, dos Índios e a força de uma juventude urbana com intuito de lutar por seus direitos e valorização de sua cultura… e a responsabilidade né irmão! De cantar no romantismo o protesto, num instrumental com sampler de Roberto Carlos, da canção “Amada Amante”. Me sinto muito feliz na construção dessa música, que tenho muito orgulho em cantar e representar uma massa sofrida, mas que ainda luta e acredita muito na melhora de nosso país.



O que você acha da música eletrônica, das raves, do funk?
Dj Bira- Será que vale a pena mesmo eu dizer o que acho da música eletrônica? As festas estão dando quase 100 mil pessoas, as Raves estão acontecendo, e o funk é musica de periferia também. Eu gosto de ouvir música boa, com qualidade, mas a pergunta não era essa né?!

Dizem que os Dj´s que tocam variados estilos não têm personalidade. O que você acha?
Dj Bira- Se você for em Belém, no Pará, você vai ouvir Dj´s tocando música eletrônica com forró, dança tradicional na Angola, funk nas boates de luxo do Caribe e muitos outros estilos que são sucessos no mundo todo. A personalidade é do homem. Eu toco o que gosto, e gosto de música de qualidade. Sempre que posso toco nos meus shows Vanessa Da Mata, 50 Cent, Dexter, Akon, Tim Maia e muito som das antigas também. Se é Rap ou não, devemos sempre valorizar o que é bom.

Qual é a mensagem que vocês querem passar no encarte através da rosa branca suja de sangue?
Crônica - Dois dias depois que o disco chegou às lojas, um parceiro me parou na rua e disse: “Caramba Crônica, essa rosa ficou foda, representa o amor manchado de sangue pela falta de respeito que existe entre as pessoas hoje em dia.” Na realidade essa capa tem diversos significados, cada um tem uma visão do que ela realmente representa. Mas muito se resume em falar de amor em tempos de guerra, romantismo em meio aos confrontos. Um romantismo não só entre homem e mulher, mas também entre as quebradas, na música, as crianças, entre as pessoas de modo geral.

O que representa a foto da contra capa do disco?
Crônica – Representa os caminhos que trilhamos pra chegar até aqui, os acertos, os erros, os tombos, o levantar e o quanto ainda temos que caminhar. Novos caminhos vão surgir sempre, precisamos estar preparados para caminhar de cabeça erguida por onde quer que seja. Mas essa arte também possui a interpretação de cada um, essa é a minha, é o que eu vejo quando olho pra ela. Amanhã essa visão pode ser bem mais ampla, pode ser outra, mas hoje é isso que eu vejo.

Muitos rappers ainda desvalorizam as mulheres e não as dão o respeito merecido. Ao contrário dessa linha, uma das faixas do novo cd é uma declaração de amor há uma mulher. Qual a opinião do grupo em relação a quem ainda usa as letras de rap para criticar e desvalorizar a mulher?
Demis Preto Realista- Mano, a fita é o seguinte. Essas idéias são delicadas, eu escrevo o que realmente sinto e o que me faz sentir bem. Isso na busca de valorizar seus sonhos também, mas ai né irmão tem outros que escrevem por ódio, por raiva, e às vezes se desiludem, vai saber qual é…

“A vida tá difícil, mas tem que lutar”(trecho de Você é Pata de Monstro). Qual foi a maior luta que “A Família” enfrentou até o lançamento desse CD?
Gato Preto – Todo dia é uma batalha irmão. A gente tem que estar o tempo todo se impondo, mantendo a cabeça firme, os pensamentos firmes. Mesmo diante de toda essa realidade absurda que está aí. É isso todo dia. Quando a gente perde um parceiro que estava com a gente nos shows do primeiro disco, acompanhou a gravação do novo e tal, e hoje, cadê o parceiro??? Se foi. Aceitar essa realidade é uma luta diária, não foi o primeiro e nem será o ultimo. Em saber disso, ter que conviver com isso é uma luta constante. O disco ameniza bastante essa luta, traz uma sensação de paz, uma esperança em dias melhores e menos agressivos…”Não desistir, persistir se expressar” essa é a luta à caminho da vitória. Lançar o disco em meio a tudo isso já é de fato uma vitória e uma vitória não só nossa, por que esse disco levar a história de vida de muita gente, mantém vivo o animo de muitas pessoas. Já da pra vê os indícios de melhorias, lentos, mais são indícios de melhorias. As quebradas não estão tão quebradas como antes, estamos aprendendo a lutar pelo que é nosso.



Porque uma letra falando mal da Sandy? Algum dos fatos contados na música são verídicos?
Demis Preto Realista- Não quero falar dessa fita!

O grupo “A Família” é envolvido em algum projeto social? Vocês acham importante o rap ultrapassar a barreira entre o discurso e a ação?
Crônica – Cara, eu só me envolvo naquilo que acredito, certo!? Meu trabalho, minha música, meus parceiros, só no que eu acredito. E falando em projeto social, eu acredito que cada um dos nossos discos em si é um projeto social. Pois eles mudaram a vida de muita gente, orientam a molecada, serve até de base para estudos nas escolas e tal. Além da música, também desenvolvemos varias atividades no social, como nosso projeto Razão para Viver (entretenimento e inclusão social através da música) tem o projeto ao qual “A Família” se envolveu também que é o Adolescentes e Jovens prevenindo o DST HIV/AIDS. Um projeto em parceria com a Reprolatina, uma das maiores organizações em combate às doenças sexualmente transmissíveis. Além das visitas nas comunidades, no bate papo com as crianças, as visitas nas escolas, no assentamentos e acampamentos do MST. Estamos sempre buscando algo que vale a pena se envolver, algo em que acreditamos e que possa mudar a vida das pessoas, as nossas. O social é necessário, o palco o show, isso é uma outra conseqüência.

“A Família” foi um grupo lançado por outro rapper, o GOG. Vocês acreditam que os grupos que já estão com seus trabalhos lançados deveriam investir em quem está começando?
Crônica – Existem varias formas de ajudar e de incentivar novos grupos.Na maioria das vezes essas formas não são diretamente os palcos. Às vezes é uma orientação, uma produção, uma atuação em conjunto na quebrada e tal. O que acontece muito nos dias de hoje é a falta de originalidade nos grupos iniciantes. O grupo é fã do DMN e acredita que tem que ser igual ao DMN nos palcos, nas letras… Isso dificulta o acesso deles à linha profissional do Rap. Entre o original e cópia, ficamos todos com o original. Temos muitos grupos de talento nato ainda não descobertos pelo público, isso por que o público também está com uma visão generalizada sobre os novos. Esses novos grupos precisam acreditar de verdade e correr atrás. Não dá pra esperar por ninguém, senão lá na frente às pessoas vão dizer: “ih só deu certo porque fulano ajudou”. E isso não é verdade. Se ser apadrinhado por um grupo de nome fosse suficiente, nossa senhora, teríamos 5 vezes mais grupos na linha de frente do rap nacional.

Demis Preto Realista- Não é bem assim,só porque você já lançou um disco que você tem o compromisso de lançar um outro grupo. Quando você tem amigos trabalhando no dia-a-dia com você, pessoas que fazem realmente a diferença ao seu lado, não importa se é no Rap ou se é no Rock.Acho que se temos condições, é bonito um irmão proporcionar ao outro a alegria de poder realizar algo pra sua família, pro seu pivete, pra sua mãe ta ligado?! E o GOG não formou um grupo de Rap, nessa escola me formei pessoa tá ligado!? Onde eu não enxergava o progresso ele me incentivava a ler um livro, que possivelmente me mostraria um caminho, um sentido para aquilo que eu não via, rsrsr mil grau! Hoje minha visão tá muito mais apurada, devido à paciência, à tranqüilidade ao lidar com as dificuldades da vida, e até hoje poucas vezes eu e o GOG conversamos sobre música, geralmente conversamos sobre família.

O que vocês acham que ainda falta no rap nacional?
Crônica - O Rap nacional está crescendo, mas precisamos direcionar melhor esse crescimento, não podemos crescer a esmo. Eu acredito que falta ambicionar coisas maiores pro lado positivo, mais profissionais. Lembrar que ninguém é feliz na miséria. Precisamos buscar novos horizontes e nos estruturar melhor pra pegar a parte maior do bolo.

Demis Preto Realista- É só você olhar a musica como um todo, e analisar o que esta faltando pros shows de Rap terem mais qualidade. Se você for num show do Exaltasamba, dos Racionais, do “A Família”, da Vanessa Da Mata ou simplesmente num show da Furacão 2000, aí você vai entender o que estou falando. Não é possível fazer uma apresentação de mil grau, se o equipamento não for muito bom, se o cara da iluminação não for um profissional bom, você entende?! Dividir espaço dentro da música brasileira em uma luta nervosa, a música brasileira evolui muito e pra se destacar é preciso profissionalismo e dedicação total.

Quais são as metas do grupo após o lançamento do álbum “Mais Romântico”?
Crônica - A meta agora é realizar a turnê do disco novo dentro e fora do país. Dar continuidade ao nosso trabalho com palestras, agora mais amplo em conhecimento. Estamos também com o site no ar e pretendemos dar mais visibilidade ao nosso trabalho pela internet. São vários trabalhos em andamento, o disco acabou de sair e ainda estamos fechando as tarefas, as datas, estamos no início desta nova caminhada e tem muito o que fazer pela frente. Estão surgindo muitas oportunidades novas e estamos analisando tudo com cuidado para poder expor esses progressos todos.



Como está a agenda de shows do grupo? Muitos shows fora de São Paulo?
Crônica - Estamos finalizando as apresentações que já estavam agendadas antes do lançamento do novo disco. Em junho possivelmente iniciaremos a turnê “A Família” – Mais Romântico. Os shows já estão sendo agendados e a gente espera novamente pode viajar pelo Brasil e iniciar também nosso trabalho fora do país.

Vocês acham que 2008 vai ser um bom ano para o rap nacional? Que as grandes festas vão voltar a acontecer?
Demis Preto Realista- Acredito que 2008 será um ano bom pra música. E não entendo porque tanta gente em São Paulo fala que as grandes festas de Rap pararam de acontecer. Nós aqui realizamos eventos culturais com mais de 10 mil pessoas presentes. Passamos por Monte Mor, Jundiaí, Limeira, Piracicaba, Campinas, Tietê, São Carlos, Franca, Monte Alto, Batatais, Leme, Hortolândia, Americana, Salvador (BA), Ilhéus (BA), Itacaré (BA), Curitiba (PR), Brasília (DF), Águas Lindas (GO), Formosa (GO), e foram grandes eventos, grandes comemorações. E eu particularmente não posso dizer a você que os grandes eventos acabaram, ou pararam de acontecer. Vejo que em São Paulo os empresários de Rap não investem nos grupos, pra suas realizações, esperam tudo acontecer pra depois contratar e pagar sua oferta e já era. Aqui estamos fazendo diferente… Nos organizando e levando estrutura junto ao contratante para que possamos realizar bem nossas festas e nossas apresentações, você ta ligado?!
Em Jundiaí, por exemplo, tiveram grandes eventos de Hip Hop organizados pelo Eazy Nylon e seu pessoal, também pela Pata de Monstro a G Maior e “A Família”. Eco Hip Hop organizado pelo pessoal do Face da Morte e pelo Shetara em Campinas. Em Limeira teve grandes eventos. Quatro mil pessoas num debate sobre a importância do movimento Hip Hop em Piracicaba com a presença de Helião, Dj QAP, DBS, KGB, “A Família”, Expressão Ativa, Representante da CUFA, da Zulu Nation, e organizadores de eventos da região. O evento foi um marco na cidade. Você vê que tem pessoas sérias trabalhando, mas é preciso ver que a música da periferia, o Rap, está em todas as camadas da sociedade, em todas a s cidades do mundo. Parar de acontecer festas grandes em São Paulo não significa que parou de acontecer, mesmo assim é necessário melhorar bastante, eu apoio!

Crônica - Vai ser bom pra quem correr atrás, quem ficar com os braços cruzados esperando pelos demais… Nada vai acontecer pra esses. O Rap não pode se submeter ao pouco, ao pequeno. O Rap nacional é grande em talento e conteúdo. Não dá pra pensar pequeno. A gente tem que saber chegar, saber fazer o melhor e da melhor forma possível. As grandes festas em São Paulo acabaram por quê? Quais foram os reais motivos? É isso que a gente tem que ver. As grandes festas na capital vão voltar sim, já estão até voltando, mas precisa mudar o formato. Pra se ter uma grande festa não é preciso reunir numa mesma noite, num mesmo local, um grande número de grupos e onde ninguém tem um espaço confortável de tempo pra realizar um bom show, é tudo corrido. As grandes festas podem até voltar, vai ser da-hora, mas serão ainda melhores quando estivermos conscientes de que a festa boa vai ser quando tivermos uma boa estrutura e um alto nível de profissionalismo.

Na opinião de vocês qual a importância do Portal Rap Nacional para o movimento?
Crônica - O Rap nacional vem se estruturando aos poucos, e aos poucos ele vai conversando melhor com essa tecnologia que esta ae. A internet é um grande mercado em divulgação e um monte de coisas a mais. Hoje temos a oportunidade de acompanhar melhor, nossos artistas, nosso rap, as festas, as novidades e tal. E o Portal Rap Nacional tem contribuído muito para que essas informações cheguem até a gente, todas essas novidades da música Rap, das personalidades, as conquistas de cada um. Já são seis anos levando o Rap Nacional aos quatros cantos. Isso é importante para todos que fazem, incentivam e curtem o Rap: mais profissionalismo e um certo amadurecimento diante da era tecnológica, buscando estar presente cada vez mais no avanço geral e moderno.

Deixem um salve para o público do Portal Rap Nacional.
Demis Preto Realista- Que o romantismo dessa boa nova esteja em seus corações, “pode soprar”…

Crônica - Eu deixo um “Salvão” a todos que vão ter acesso à todas as informações que foram ditas aqui. Quero agradecer a todos por acompanharem nosso trabalho, por fazerem parte da nossa história. Muito obrigado ao pessoal que acessa nosso site www.afamiliarap.com.br, o pessoal que está com a gente no Orkut – em todas as nossas comunidades e Perfis – à todos que acompanham nossas músicas pelo rádio e tal. Muito amor, saúde e respeito. Vida nova e Mais Romântica a todos nós.

Gato Preto - Obrigado à todos por acompanharem o nosso trabalho, por estarem com a gente nesta nova fase. Eu quero dizer aqui que independente do momento difícil na caminhada, a gente tem que manter a cabeça sempre erguida, buscar sempre a informação correta e sejam firmes e fortes. Porque somos todos Pata de Monstro!

DJ Bira - Muito obrigado pelo carinho e respeito de todos estes anos. Que a música Rap possa estar sempre presente em nossos corações e em nosso dia-a-dia. Vida longa ao vinil!

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